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domingo, 2 de setembro de 2012

"Política", em minha cidade, recebe um nome especial: "Politicagem"!


    Entendo que pessoas miseráveis tanto no tocante a educação, quanto às finanças sejam facilmente ludibriadas por pessoas corruptas...
Mas pessoas que possuem capacidade de auto sustento financeiro e um considerado grau de educação se "deixarem levar" por falsas promessas... Isso eu não admito.
Afinal de contas, o que queremos para nosso país, estado e CIDADE?
O que preferimos?
Escolas e hospitais ou quadras de esportes e cadeias?
Sem educação as quadras de esporte serão depredadas, logo as cadeias ficarão ainda mais lotadas.
Um homem inteligente (não recordo qual) falou que quando se abre uma escola se fecha uma cadeia.
Porque então não exigimos escolas?
E do que adianta a quadra de esportes se não houver um hospital que concerte uma perna quebrada? Para o caso de um(a) jovem esportista ferir-se gravemente.
     Não sou contra às cadeias, elas servem para prender os fora da lei (inclusive políticos assaltantes dos cofres públicos). Também não sou contra às quadras de esporte, muito ao contrário, o esporte faz bem em qualquer idade... e é direito de todos praticar, afinal além de outros benefícios, aumenta a longevidade de uma pessoa.
Mas antes de termos quadras de esporte, precisamos de BONS HOSPITAIS.
E que pensemos mais em escolas, porque somente a educação pode tirar o Brasil, a Paraíba e REMÍGIO da lama.
Ou preferimos que nossas crianças e jovens cresçam sem perspectivas de vida?
     A maioria de nós brasileiros, paraibanos e REMIGENSES é ingrata. Porque só pensa no próprio umbigo e no umbigo daqueles que mais amam. Os outros? Que se virem.
Não pensam nas crianças menos favorecidas. Crianças que não estudam ou crianças que estudam em nossas creches ou em qualquer outra escola... Não pensam nos pais dessas crianças, que passam todo tipo de privação, para tentarem manter seus filhos vivos. Porque saudáveis, essas crianças já não são. Mas é assim mesmo. Não dizem que pobre acostuma-se com tudo? Até com a miséria?! Acho que vocês devem pensar: "Eles não se importam, já devem estar acostumados com o frio, a fome e a falta de educação. Deixa pra lá".
E nessa turma de gente egoísta eu incluo:
Pessoas da área da saúde como enfermeiros e médicos, PROFESSORES, alunos inclusive UNIVERSITÁRIOS, pais de família, empresários, etc.

    Se você tem a consciência limpa, guarde seu coração. Mas se você está se incomodando com o que digitei... espero que pare e reflita às suas atitudes... E se continuar no mesmo caminho, tomando decisões que favoreçam corruptos eu, Ibéria, espero que você se contorça da cabeça aos pés e que seu coração e sua mente sofram, para você sentir, em termos, a agonia de quem precisa de educação e saúde, mas não pode ter. Somente para você aprender, um pouco. Mas você deve ser tão insensível que talvez não dê importância a essas coisas. E talvez esteja rindo, neste exato momento.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Solidão companheira...


              Você que talvez esteja em um possível futuro, hoje tenho outro alguém. Companhia inseparável (porque não fica longe, um só instante). Já não vivo só, a solidão me é como companheira. E me devora. Não tenho passado ou futuro. Apenas o que vivo AGORA. Mas tudo passa. Passa? Sequer sei para quem escrevo essas linhas tão afinadas e tolas. Caso alguém se reconheça como destinatário, peço, que querendo, responda com tal delicadeza que me faça entender que escrevo para esse alguém.
            Só queria mesmo era desejar um feliz 13 de junho de 2012. Quanto ao dia (já passado) dos namorados... Esqueça. Ainda não existimos um para o outro.
            Um dia após o outro e não vejo outra coisa, a não ser o vazio que sua falta me traz. A solidão até virou companheira. Vês que não estou só? E me devora. Passa, dizem que tudo passa.

domingo, 12 de agosto de 2012

Pai,


Pai,
É uma pena que não estejas aqui. Só assim eu poderia te falar.
Sinto saudades do que não vi, de lembranças que não vivi.
Se estivesses aqui, possivelmente eu diria:
....................................................TE AMO, feliz dia dos pais...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

E por falar em manipulação de massa...



            Enquanto a massa for imbecil e deixar-se dominar por uma minoria rica, nada nunca vai mudar. Somos nós que colocamos os governantes lá em cima. Somos nós que podemos tirar! Só que temos medo, acho. Se a massa popular (de todo planeta) resolvesse não comprar ou vender por dois dias, o mundo pararia. Decidiríamos o que quiséssemos decidir... O planeta iria tremer. Com o avanço da tecnologia, que temos, não seria a coisa mais difícil do mundo fazer com que muitas pessoas aderissem a ações desse tipo. Mas enquanto o povo não unir forças, pensando em "um por todos e todos por um", as coisas irão piorar cada vez mais. Logicamente não creio cegamente... Mas sei que com esforço, luta e união ainda podemos educar, alimentar, dar saúde, vestir, profissionalizar e humanizar cada cidadão. Basta pensar um pouco. Porque tudo tem limite... E egocentrismo, em demasia, é burrice. Ninguém vai muito longe, estando só. Que tal pensar, um pouco? Não dói tanto assim. Experiência própria. Penso e ainda estou viva. Sinto que estou viva. Hoje acho que consigo entender muito mais o que o René Descartes sentia ao dizer o seu famoso: "Penso, logo existo".

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sonhando acordada, em plena madrugada...


              Então a contemplar a natureza, uma linda frase de amor me vem à mente, mas não lembro qual. O rapaz e moça se olham, nada dizem. Olham-se intensamente. De repente, de uma forma doce ele se aproxima e dá-lhe um beijo. Suave e doce, assim como a frase esquecida. As lembranças da frase foram dispersas em um momento de distração, espero que as lembranças (imaginadas) desse casal, não sejam levadas ao vento.
            Ah! E que vento... Ele balançava os cabelos da jovem, momentos antes de o rapaz beijá-la... Mas você deve se perguntar o que o fez querer beijá-la... Terá sido os seus cabelos? Ou o seu perfume espalhado pelo vento? Que nada. Ela pensou na frase e ficou triste porque não poderia anotá-la. A frase iria se perder. Esqueceu. Se perdeu. Um texto começou a se formar em sua cabeça e a mocinha resolveu falar tudo o que lhe vinha à mente. Quem ouvia? A natureza e o moço. E qual terá sido a frase? Aquela esquecida... Sim. A mesma do início. Ela já havia falado a frase e continuou a dizer que a moça e o rapaz se olham e que nada dizem. É exatamente nesta hora e por isso que ele a beija. A jovem fala dos dois, e de um modo lindo. Sem aquelas chamadas “segundas intenções”. Não muito. O jovem percebe que é com ele e aceita.
            O resto você, leitor, já sabe...
            Ela sou eu, criação minha. Nada ocorreu ainda, mas de tanto querer e sonhar acabamos conquistando. Volto para o quarto que não é meu, pois estou de visita, e vou continuar a cena, para ver se pelo menos continuo texto. Faço um trajeto de tudo o que quero, para esse momento. Já sonhei com outros, mas esse foi meu preferido e último, até o momento. E quem sabe realizo?! Sim, ela sou eu.

sábado, 21 de julho de 2012

O rio corre enquanto voo



E andando na mata, de repente, me deparo com uma corda... E tenho a ideia de querer voar.

Quando olho melhor, vejo que ela está amarrada em uma árvore e logo à frente existe um pequeno barreiro e um rio cortando a terra.
É uma lugar bem verdinho, com o céu muito azul, mas mal consigo vê-lo, porque as árvores me empatam a vista.
E o rio corre.
E novamente a ideia de voar... Agarro a corda. Com um pulo, confiro se é mesmo segura e forte. E com mais um pulo, dessa vez é para valer. Começo um voo fantástico. Passo num rasante por sobre as plantas mais baixas e ao passar no rio, sinto a água jogar-se em mim. O rio me lava com as gotas muito frias de suas águas. E já nem tenho vontade de aterrissar, quando chego do outro lado. E o que faço? Assim que aterrisso agarro, novamente, a corda e faço o trajeto contrário. E tudo é tão novo e bom. E de novo. E de novo. Permaneço ali durante todo o dia. E voo como quando era criança. E que bom que percebo ainda ter aqueles mesmos cinco, sete, dez anos de idade. Ainda sou criança.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Conversa informal



Sabe o que faço quando a coisa fica difícil demais pra aguentar?
Simplesmente sigo em frente.
Com o tempo, as coisas vão para algum lugar, sendo ou não o lugar devido, mas vão.
A poeira abaixa... ou não.
Mas eu simplesmente sigo.
Vou andando, pra ver onde o caminho vai dar...
Às vezes de olhos bem abertos. Às vezes os fecho e aperto tanto, para não ver escuridão ou claridade, que dói.
Minhas pernas doem, de tanto que ando. Há momentos que nem o vento me alcança, de tão rápido que vou. Corro.
Às vezes paro e penso um pouco qual rumo tomar...
E lembro de quando li o que a poetisa me enviou: disse que o importante mesmo era a direção.
Mas sabe aquela hora em que você não quer saber de nada? E corre desesperadamente?
Assim eu fico, mas não é sempre.
Você me vê andando, mas é só ilusão de ótica. Às vezes estou parada. Pensando na vida, na noite enluarada.
Morro e ressuscito muitas vezes ao dia. Ah! Mas a vida é assim mesmo. Cheia de altos e baixos.
E quando estou no pé da ladeira e olho quanto chão tenho para subir... ?
Quase paro. Mas subo.
Já lá em cima, descanso um pouco. E aproveito a ladeira. Deito e rolo.
A vida é de um jeito que não controlamos. Não é estática.
A física não explica. Talvez por isso tenham inventado a metafísica.
Mas do quê que eu estava falando, mesmo?
Ah!
Que simplesmente sigo em frente, embora seguir em frente não seja tão simples, assim.
Feche ou abra os olhos. Mas siga. Só ou acompanhado, mas não desista. Descanse, quando não puder aguentar a dor. E corra quando estiver forte.
Vá de peito aberto. Ponha armadura, caso queira. Mas ande.
Levante. Ande. Corra. Sente-se.
Queira alguém ao seu lado. Mas queira, principalmente, você.

domingo, 1 de julho de 2012


      Gosto de fazer conta. Gosto de fazer de conta. E gosto de "faz de conta".
Façamos de conta que o "faz de conta" é de fazer contas... e ninguém dar conta de que a nossa conta não conta certo, mas conta tudo. Conta de o que é de nossa conta e de o que não é. Fala da conta do mercado, dar conta da vida do vizinho, conta até o que não quer.

domingo, 20 de maio de 2012

O valor de falar e calar...

      Hoje, aprendi que nem tudo deve ser dito, e se for dito deve ser feito com todo cuidado. Ninguém é obrigado a suportar todas as dores que lhe são impostas. Ninguém é obrigado a ouvir aquilo que não quer ouvir. Se não tem nada bom pra dizer, CALE-SE. Mas se for falar, tente ver a melhor maneira, e que o outro entenda que você não é perfeito e por isso pode errar. Conversem se for preciso ( e quase sempre é), e calem se for salvar. Entendam que na vida somos eternos aprendizes. Ninguém nasce sabendo. Ninguém é obrigado a entender tudo, sempre. Mas é bom e conveniente para todos que todos se respeitem. Então que sejamos melhor do que fomos... respeitando, ouvindo, falando, amando... Há tempo para tudo? Há! Inclusive de aprender. E isso é pela vida inteira. E mais... Temos como aprender, enquanto não morrermos. Mantenham a calma pois enquanto houver vida, haverá esperança... E que saibamos rir e chorar. Então chorem, mas depois... SORRIAM... POR FAVOR !!

sábado, 14 de abril de 2012

Canto que encanta feito fosse o sorriso da criança

        Porque melhor que o volátil é o amável. Que além de ter, sinto. E é algo maior que tudo o que já existiu. É bom e faz um bem enorme. Não se vai com o tempo, tão pouco a tempestade o leva. E é justamente em meio a furacões que ele mostra o seu poder, mas humilde e manso. Toca todos os dias a canção mais linda, e sua valsa é leve e faz-me flutuar. Como se fosse criança em colo de mãe, sinto que estou segura, ao encontrar... Aquilo que me fazia falta, de repente vem preencher... um espaço que era vazio, pela falta de um (bem) querer. Ah! que doce a vida se torna, quando sinto você presente. Parece que em minha mente (e alma) você nunca esteve ausente. Obrigada por abraçar a menina que te canta. E mesmo eu tendo falhas, nem assim tu te espantas. Realmente te sou grata, por existires em minha vida. Já nem sei o que de mim seria, se te visse em partida. Estão todos curiosos para saber o teu nome... Mas não direi. Teu nome é Raro e único e o mais lindo que há. É lindo em todas as línguas, mas mais linda que tua língua(gem) não há. Esta é a minha linguagem de amar. E quanto ao nome? Quem sentir, saberá!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

       Não quero só palavras, não. Só isso não tem graça. Quero tudo quanto tenho direito. Mesmo que sejam socos hipotéticos, mas não quero só palavras. Elas mudam-se e se vão com o vento e o tempo. Quero firmeza nas ações, também não quero ações quaisquer. Seja enérgico, se precisar. Não seja morno. Quero o frio total ou o calor mais intenso. Não gosto do que é normal. Não me taxe por normal, pois disso passo longe e normal não quero ser. Aja conforme. Ande conforme. Mas nunca conforme-se. Que seja conveniente, mas que seja para mim e para você. E se precisar e quiser, mude. Mas não me venha só com palavras. Aja e seja firme. Prefiro assim.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Insanidade

        Eu, você e todos na humanidade sofremos as intempéries do tempo... que às vezes passa de forma assustadoramente rápida, noutras vezes sua lentidão é bem cruel. Mas a culpa é nossa, que nos tornamos apressados em tudo, que apagamos, todos os dias, a beleza de olhar o céu. Dançar na chuva. Que permitimos que a pressa dos negócios vantajosos tomassem lugar em nossas vidas. Nós nunca estamos conformados com o que possuímos. Ao passo que nos conformamos com esse pouco que a forma de viver com pressa e disputa diária nos trás. Deveríamos voltar a viver coisas pequenas. Mas se um quiser voltar, outros intentam em derrubá-lo. E o jeito? É correr atrás do "tempo perdido". Como se não valesse mais apena viver coisas simples. Coisas simples, essas, que podem salvar a vida de alguém. Pessoas vivem só, em meio a multidão. Já nem se importam mais se vivem isoladas. Ainda por cima preferem estar sozinhas. Ou no melhor dos casos preferem a companhia de animais. E a consequência disso é a morte literal ou não. Morrem para si e para a sociedade. Transformam-se em apenas mais um bem de consumo financeiro. Estou errada? Uma desgraça todos os dias, e a mais recente é sempre pior e mais dramática que a anterior. E tudo parece normal. E fácil de conviver. Ficamos assombrados com as tragédias, mas somos coniventes quando dizemos que fazem parte de nossos dias e não fazemos nada para saná-las e ao menos torná-las menores. E o que chamamos de vida segue. E vamos em frente como se fossemos animais indo para o abatedouro. Cegos e longe de nossa consciência, acabamos como imprestáveis, que nada fazem e por nada lutam; ou descartáveis, quando num dia mata-se um, suicida-se outro e pensamos o quanto é triste, mas logo esquecemos de procurar fazer o que é justo. E segue a boiada... e seguem os burros com seus cabrestos... E ninguém nunca faz nada. Estou errada? Insanidade!!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Aceita um desafio?

          Não adianta (nem precisa) fazer estardalhaço. O que há de mais lindo é feito com modos singelos. E não é que são os pequeníssimos detalhes que fazem aquela diferença?!... Gosto de sutilezas... Dos passos lentos e tranquilos. Gosto do que pode ser suave. Daquilo que responde como simplicidade... Obviamente, também quero aquilo que possui energia, que é forte e, apaixonadamente, atraente. Parece que venho mudando meu conceito sobre paixões? Sei lá. Mas até as paixões possuem pequenos detalhes. Daqueles inesquecíveis (algumas vezes se tornam odiáveis - embora isso não venha ao caso) que tiram nosso pé do chão. Mas gosto do que faz sentir-me segura. Porque sendo ou não paixão; e sendo ou não sutil, preciso saber que ali é o "meu lugar". Ou... nunca abrirei a guarda. Conquista-me, se puder.

sábado, 24 de março de 2012

A chuva

            Até que fim as nuvens derramam o seu néctar sobre a terra. E faz nascer a erva verde e flores de todas as cores virão, mas em próxima estação. Enquanto isso continua surgindo as árvores... E só por causa das nuvens é que a terra fica embriagada e, embriagadamente, jogam um encanto sobre mim e eu escrevo coisas assim, para quem gosta da dança que a chuva faz. A chuva é quem maestra o ritmo da minha festa e tudo isso me satisfaz. Chove.

Memórias de uma infância

Ah! Como lembro. De tempos de minha infância. De coisas que eu vivia. Minha mãe preparava o lanche para eu levar para a escola. Mas primeiramente, tentava me acordar. E como eu dava trabalho... E dormia... e dormia. Ela me vestia, e eu dormia. Colocava meu sapatinho, e eu ainda dormindo. Dessas coisas eu não lembro, ela é quem me conta. Seguia para a escola. Lembro mesmo de quando chegava a famosa hora do lanche. Como nem sempre eu levava comida, minha mãe levava um copo com leite quentinho e um pão com ovo. Ai que saudade. Os alunos riam (tão bobos). Preferiam (e criam ser melhor) comer balas e bombons, mas eu gostava do que dona Helena fazia. A saudade é alegre, mas é saudade. Creio que estava aos 7 e 8 anos de idade... Oh! Que tempos bons e tão doces e alegres. Tempos que eu brincava e isso era minha maior responsabilidade. Meu maior dever. Ser feliz. Lembro que minha mãe dizia: “Vá brincar, minha filha”. E eu que queria lavar a louça... (risos). Hoje é tudo tão diferente... (mais risos).
            Minha mãe não permitia que eu ou meus dois irmãos saíssemos para brincar na rua, mas sempre possuímos espaçosos quintais. E brincávamos... (eu poderia ter brincado mais, porém eles eram chatos). Lembro que os dois faziam brincadeiras de menino (afinal meninos), e eu queria brincar junto, mesmo menina. Eles diziam: “Não. Isso não é brincadeira de menina”. E eu saía muito brava e acabava brincando com minha boneca e algumas panelinhas. De vez em quando brincávamos juntos. E disso? Tenho muitas saudades. Saudades alegres. Saudades doces. De coisas que não voltarão jamais, infelizmente.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Identidade

        Devo ser mesmo alguém estranho e estranhamente sigo. E ando de modo diferente. Meu falar é esquisito. Meu portar exagerado. Às vezes com os cabelos assanhados, me sinto como estivesse ao vento. Minha voz descompassa ao som da tua passada. E fico nervosa, mas aguento. Às vezes é só um fingir. Finjo que aguento. Devo ser mesmo estranhamente apaixonada. Mas rejeito. Nego. Dizem que só sabe a felicidade quem viveu ou vive uma paixão. Do contrário não vale a pena estar vivo. Não sei. Sei lá. Devo mesmo ser doida. E doidamente sigo. Como alguém que sem destino, vive a vagar. Ando por ruas escuras. Às vezes me vem um clarão. Finjo que nem vejo. E passa. Ando com vendas na face. Gritam e não ouço. Também nada digo de mim. Para que? Ninguém responde o que quero saber. Daí eu sigo em frente, e como alguém demente, a culpa vem me bater. E faz sem piedade. Vá. Fale. Esperneie. E digo não. Sou teimosa. E teimosa que sou, sigo em um lugar que não tem dono. Terra de ninguém. Acho que gostaria de encontrar uma mão que me desse um sinal. Dissesse o sentido de meus passos. Ou andasse comigo, e juntos déssemos sentidos às nossas vidas errantes. Afinal viemos. Quando sairemos só o senhor tempo é quem decide. Ando sem rumo e direção. Vivo na contramão de quem vai e volta. Sou um circulo maluco. Sempre volto ao inicio de tudo. E nunca entendo nada.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pátria que me pariu (e que me puniu, depois de me parir - Brasil)

Brasil, pátria que me puniu, depois de me parir.


Só há bundões no samba...
e nas reivindicações.
O meu país é bamba,
De gente que não pensa.
Só há bundões no samba
E boca que comida não entra.

O meu país é grande, nele
Vejo muita beleza.
Vivemos numa grande rede,
De gente que não usa a cabeça.
Só a bunda?

Ache ruim quem quiser.
E se puder prove o contrário.
Mas cuidado com seu argumento
Só preciso do seu salário,
Para mostrar que você também não tem documento.

Vivemos num país sem lei.
Onde quem manda é o errado,
E ai de mim se tentar falar um "ei!"
Posso terminar degolado...
Pensa que estou mentindo?
Vem ver a política do meu Estado (nação)

Vivo em uma terra de uma incomum beleza,
E só não percebe quem for cego.
E mesmo diante de tudo, não nego,
Seria melhor não ter de enxergar safadeza.

Meu país é lindo e é uma nação tropical
O seu esplendor faz-me pensar: será que sou Tereza? (Deus me livre)
E quase penso fazer parte de uma importante realeza (Deus me livre)
Mas de repente vejo: boa parte disso não passa de safadeza.

Desculpem-me os "eza". Causaram certa estranheza. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

O antigo me fascina


        Coisas antigas me fascinam... Outros tempos, lugares e ideias. Os comportamentos e modos de vestir-se. Não sei se nasci no tempo errado, mas poderia ter nascido em outro. Em tempo remoto. Num passado. Ah! e que passado lindo. Consigo ver-me nele. Andando pelas colinas ou ruas. Trajando vestidos com suas saias rodadas... Ou, simplesmente, uma roupa que dissesse: "É feminina, é mulher". Levando meu lenço branco, tendo nele o meu nome gravado e gotas do meu perfume predileto. Os penteados mais lindos usaria, e os mais lindos sapatos. Andaria de modo singelo, porém feminino. Trajaria vestidos com poucas saias (umas duas)... Ou, graciosamente, uma roupa que dissesse. "É feminina, é mulher". Seria galanteada com respeito e cuidado. Diria não ou sim. Conheceria cavalheiros e seria por eles respeitada. E como dama, seria honrada. Teria minha própria penteadeira, com meu espelho e meus perfumes. Teria, ali, meu pó de arroz, para passar em minhas faces rosadas. Poderia usar meias-calças (ou não). Mas seria respeitada e principalmente zelada. Seriam poucos os vagabundos (ou não), mas teriam os cavalheiros, que pelo mundo inteiro haveriam de passar. E onde quer que eu fosse seria observada como uma dama respeitada, a qual só tem o que admirar. Não é que não tivesse defeitos, apenas não os espalharia de modo despudorado. E não passaria a ter momentos envergonhados pelos que hoje vivem. Meu nome é mulher, mulher desassossegada. Que vive inconformada com o lugar que perdi. Lugar que era só meu, mas me atrevi a ir mais longe. Perdi o meu status e quase a sensatez. E hoje, digo, de vez: Não sei qual é meu brado. Se quero o lar ou o trabalho. Não dou conta de tudo. É complicado, demais. Mas sou insistente, e sendo ou não demente. Ainda quero o passado.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cadê tu?

       Sofro de um mal, de um mal chamado saudade. Vem partindo o peito. Como se eu fosse o único ser disponível para sofrê-la, vem. Já fiz de tudo para não passar por isso, mas sou uma só e todo número “um” pede outro. Alma querente e corpo carente. Que mais faço? Vou cortando o tempo, a fora. Rasgando véus, em solidão. Véus que vem como cortinas. Como se nada mais restasse, te procuro. Insisto em te querer. Como em notas musicais, às vezes, parece que posso tocar você. Mas o tempo é cruel demais. Passa, passa, passa, mas não traz você. Passa, passa, passa, e não consigo te ver. Eu, que estou só, subo, corro, caio, levanto e ando, sofro. Você não está aqui, ao meu lado. Cada livro que leio, cada canção ouvida, textos que escrevo e mesmo os ritmos que danço, faço, pensando em ti. Meu coração, sei, segue na batida do teu. E sinto a tua falta. É, justamente, ela que me faz companhia. A tua falta. Mas, às vezes, acho que... toco você. Procura por mim.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Poetas

Sou amante do que é belo, harmônico que me faz lembrar um cantar de pássaro ou brisa suave. Todos que são assim, se tornam (por graça e mérito) poetas da vida, e não, necessariamente, das letras. Não faço poesia, é ela que me faz...


Grãos de areia perdidos num céu de estrelas... são os poetas ao contemplarem suas inspirações...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sei lá como. Sei que invento...

Estou dançando e inventando chuva. Tudo passa num segundo... Quando vejo já vivi e as flores já se foram. Nem o inverno mais existe. Por isso danço e invento. Invento chuva, invento vento. Nada como poder criar. Criar mesmo, independente do significado... Crio grandes musicais. E na vida componho lindas melodias. O vento me acompanha e aponta minha direção. Aonde ele segue, eu vou. Me oriento pela dança das folhas das árvores. Elas me dizem o compasso da dança. Às vezes mudo o ritmo, e sigo os passos da chuva, da chuva que eu mesma invento. O vento balança o meu vestido e faz o meu cabelo brincar. Ganho asas. Fico leve. A chuva ri quando me toca. Conversa comigo. Sou a bailarina. Sou aquela que dança na chuva. E tudo passa tão rápido... Por isso invento coisas. Coisas para sorrir. Por isso danço, por isso canto na chuva. Invento coisas, invento chuva e vento. Crio poesias. Invento canções, ritmos e danças. Invento risos. Tudo passa. Invento cenas. O palco da vida me ensina. Crio cenas para viver. Construo e mato sonhos, todos os dias. São muitos. São tantos. Guardo sensações inventadas. Sinto, inclusive, as não vividas. Sinto. Não é outra vida. É essa mesma. Sensações não carecem ser explicadas ou ditas, menos ainda entendidas. Muitas vezes mato. As estações foram embora e levaram consigo as flores, os frutos, o calor e a chuva. Por isso invento coisas. Invento tudo. Sou um invento da vida. Dela sou eu aprendiz. E de tudo quanto invento, a vida é quem me diz.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Conto de uma menina

Era uma vez uma menina e ela tinha o andar praciano, mas não era um andar praciano qualquer, era o mais lindo dos andares. Sua beleza possuía a fragrância da chuva, em uma manhã de outono. Quando movia os pés, seu corpo flutuava, parecia muito mais uma borboleta valsando, ao sabor do vento. E os seus cabelos? Seus cabelos eram como a pura seda, negros como negro é o céu noturno. De pele alva como alvo é o astro da noite, quando está desnudo de nuvens e em plena exibição magistral.
            O seu sorriso... este, sim, era o mais encantador, pois não sorria apenas com os lábios, mas sua alegria saltava dos olhos, de modo que quem a visse, sentiria um não sei o que de encanto. Sua meninice era tão linda que qualquer alma idosa poderia rejuvenescer. Qualquer um que gozasse daquela companhia ficaria embriagado com o que transbordava da alma daquela menina. Ela olhava o céu como quem olha para algo indescritível, pois apesar de olhar com os olhos da carne, a garota via com os do coração. A jovenzinha também olhava para o pássaros, flores e tudo o que envolvia a natureza. Sentia-se parte disso.
            A menina cresceu, tornou-se mulher, mas nada do que aqui foi dito se perdeu no tempo ou no espaço, continua pairando o coração, a alma e a mente desta jovem. Seus olhos ainda sorriem. Ela possui a fragrância de uma chuva, em manhã de outono. E ainda possui aquele andar praciano...



Andar praciano:
(Ou de praça) É uma expressão bastante utilizada por pessoas mais velhas. Significa dizer que quem anda assim, faz de maneira tranquila e leve, como quem passeia na praça, daí andar praciano. Vive ou aparenta viver sem aquela pressa louca do dia-a-dia.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dois olhos verdes...

      Meu "enegriado" olhar lembra daqueles olhos verdes olhando para os meus... E como quem quer descobrir um segredo, ele fitava seu olhar em mim, na esperança de dar-lhe uma pista... mas eu disfarçava e de vez em quando não olhava, na tentativa de não revelar tudo o que é meu... E ele insistia, sem ser inconveniente, e o que passava em sua mente, eu não consigo saber. Se pudesse não diria, guardaria só comigo, ou então corria o perigo de vir um ladrão roubar. Olha como sou egoísta, se soubesse o que pensava, guardaria a descoberta, como fosse um tesouro que um dia foi descoberto, bem lá no fundo do mar.

      Mas ele dava pistas do que estava pensando, e de vez em quando falava um adjetivo ou verbo, na tentativa, por certo, de eu querer revelar... Ele me deixava à vontade, conversava e era gentil. Sua meiguice e suavidade, misturadas à maturidade eram coisas estupendas, como alguém que inventa um objeto raro, e eu com meu jeito meninil, num misto de beleza e doçura, percebia que em minha formosura, e além do mais a candura, vinham para completar... o ambiente tranquilo, e isso, leitor, eu digo, é algo incomum.

      Ele com seu sorriso doce e seu olhar curioso, eu com minha meiguice e meu olhar de moleque, faziam com que tal instante parecesse misturado, com algo corriqueiro, porém sem monotonia, a algo nunca antes ocorrido, e isso digo sem perigo ou medo de errar, pois nunca vi outra pessoa, tão parecida e tão diferente. Agora me pergunte se o coração entende! Pois mesmo com tal lembrança, o meu cérebro é teimoso. E fica fazendo jogo, para o coração doer... e o coração sofre, pois o cérebro não deixa, que o coração queira, mesmo que viva a doer... Quero controlar meu cérebro, mas o danado é mais esperto que eu, vive jogando pesado, e eu em minha doçura, não percebo as artimanhas que a massa cinzenta me faz, com seu jogo maquiavélico, faz meu coração ficar atrás...

      Ah! Que olhos verdes bonitos... Será que os verei novamente? E o que passa naquela mente, irei um dia saber? Apesar de seu dono me dar pistas, eu não tive a coragem de mostrar que percebia... Mas pensando bem, uma ou outra atitude vinda da minha pessoa, pode ter dito: "estou entendendo e também estou querendo". Saberei quando o tempo, em seu grande intento, passar em nossos rostos... tudo quanto aconteceu... Daí então veremos o que de fato ocorreu, pois estaremos lá na frente, só observando o passado, que em nosso "melhor estado" observaremos o ocorrido e o nosso apogeu... Estaremos unidos ou separados, mas em algum lugar estaremos. E enfim então diremos: "Isto nos aconteceu".

domingo, 30 de outubro de 2011

Isso é mais que sonho... uma meta...

Cansada de muita coisa... Gostaria de ir para uma "Pasárgada" inventada por mim... A do poeta, não! Nela existem coisas que não me servem... Mas criar e estar sozinha nela, também não serve... Gostaria que alguém sonhasse e inventasse, junto a mim...


Ah! Minha "Pasárgada", serás bem melhor que a do poeta e o poeta que me perdoe, mas ele teria inveja se ouvisse falar de você... Você é linda e calma... Tens em suas terras as mais lindas e límpidas cachoeiras. Os pássaros cantam e voam, livremente, e lá... lá o Assum Preto  enxerga, muitobem, lá não existem caçadores. E o Peixe Francês não morreu... foi morar lá e obteve uma segunda chance para viver o amor com sua amada linda borboleta... ela saindo do seu casulo, foi parar na minha "Pasárgada".

Fico emocionada em perceber que minha criação está ficando bonita, mas ainda há muito o que construir...
No momento estou plantando coqueiros e neles armarei a minha rede. Quero sentir o sabor do vento soprando em meus cabelos. Lá chove sempre que preciso e a temperatura está sempre 'fresquinha'. Além de cachoeiras existem, também alguns lagos e neles contém gansos branquinhos, lindos que só vendo... Ah! poeta, você não conseguiria imaginar lugar melhor, nem nos seus maiores e mais inquietantes anseios!
O nascer do sol é revigorante e como não dizer que é o mais lindo de todo o mundo. E o seu por, então?! É tão lindo que a pessoa mais endurecida pela vida, vendo tal deslumbre, não pode conter as lágrimas... E arrisca até se apaixonar...

 Ao ver a construção de minha "Pasárgada", sinto um não sei o que... só sei que é muito bom sentir... Sinto que encontrei meu lugar ao sol.

Mas algo ainda me causa incomodo, quero saber onde estará o meu amor!!

Ele insiste em permanecer escondido... Procuro, mas não vejo... Deve estar em minha frente e eu que estou cega...
Minha "Pasárgada" está ficando cada dia mais linda, e poeta, quando o meu amor chegar, você terá de me perdoar, pois ela ficará muito melhor que a sua...

 Não quero a sua, poeta. Estou construindo uma, para mim e meu amor. Darei a minha criação, como oferta, para ele. Meu amor deve estar em algum lugar perguntando e procurando por mim!! Acho que ainda não é a hora de nos encontrarmos... preciso terminar minha "Pasárgada". E quem sabe ele também precise terminar a sua... Uniremos nossas construções... E estais vendo, poeta, que não estou errada? O meu lugar será muito melhor que o teu...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Uma declaração de amor...

      Atenção: Ler com calma, ouvindo "Winter sonata", dará uma sensação de paz e reconforto... Ler, ouvindo a música "Gostoso demais", de Maria Bethânia, também dá uma sensação ótima... Link direto para "Winter Sonata" e para "Gostoso demais".




          Saudade do amanhã que a vida parece prometer. Consigo imaginar experiências, histórias para contar, todo um passado lembrado, na velhice. Vontade de ter saudade de nós, na juventude, de envelhecer ao teu lado. Vontade de sonhar o mesmo sonho. E mesmo sem rima o meu coração se anima e com toda calma diz para minha alma, “sonha, sonha porque não estás só, tens outra alma que também pergunta por ti”. Nesse momento, sinto um nó... é como que alguém também pensasse em mim... e mesmo que não seja assim, continuo esperando e não vejo isso como um grande problema a não ser pelo fato que este é meu grande dilema: Onde estará o meu amor? E sigo com calma e dor, com pressa e com amor. Não sei porque, mas já o amo. Sua lembrança me faz imaginar um cantar de passarinho, e meu coração pula como se fosse menininho. Onde está você? Ah! És tu o meu bem querer. E como sonho... sonho contigo, sonho com nós. E mesmo que não acredites, te digo, és o amor da minha vida. Não quero imaginar nenhuma despedida, nem em vida ou em morte, mas infelizmente não posso mudar a sorte, um dia iremos morrer... Por isso antes que isso ocorra, preciso te dizer: amo você, e ainda em face de um grande engano, não puder te encontrar, repito e aqui vou escrever, para que todos que lerem, espalhem, ao sabor do vento, que eu sempre amei você.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Solidão...

Solidão...

Deixa o tempo me levar
E a vida lá fora
Vai voando e sem pensar
Aqui dentro
Estou só.
Só em mim
Só, a andar.


Outra coisa

Meus passos são meus,
Meus movimentos, não.
A consequências são minhas,
Minhas ações, não.
Meu desejo é meu,
Minha vontade, não.

Tenho desejos que não pude conhecer, coisas de minha alma...
Minha vontade caminha de acordo com o que me fazem ouvir.
Deixo meus desejos de lado,
Alguns nem procuro conhecer...
Do que me adiantam / servem os desejos, se não os posso viver?

Comemoração displicente ocorre assim:

Nova primavera se fez.

E nem vi chegar.

Estava caminhando a passos lentos...

Cuidando em não tropeçar.

Quando olhei o tempo...

Tarde!

E ainda senti ela me Tocar.

sábado, 3 de setembro de 2011

Inventando história

[Em construção]

       Poeta vai aonde quer. Nada, voa, anda por lugares estranhos. Ver na alma, sem olhar os olhos. Sente sem tocar, se tocar, aquece. Se for tocado, explode. Amores a perder de vista são criados pelos poetas, e os mesmos os tornam eternos... Romeu e Julieta morreram, mas seu amor não. Quando chegará o meu amor? Essa resposta eu não tenho. Espero que o poeta criador seja o meu Senhor. Mas esquecendo de mim, voltemos aos poetas... Poetas são como flores, sejam elas silvestres ou que habitem os quintais ou varandas das casas. Eles surgem também com o vento... São espalhados, uns são amados e outros não. Uns chegam a ser pisoteados. Seus perfumes variados são de fragrâncias inconfundíveis. Mas há os que não querem vê-los, tão pouco tocá-los. Melhor assim, se seres insensíveis os tocassem poderiam arrancar as suas pétalas e polens. E como eles iriam encantar? Poetas são como borboletas, de todas as cores... E têm alguns que são também muito especiais, os que são como as borboletas negras, que são goticamente misteriosos. E aqueles que são como as borboletas alvas, que de tão claras iluminam por onde passam? Esses são raríssimos!! São como anjos, e raros de se ver. Você percebe logo, e o quer sempre perto de você. Eles gostam dos góticos e os góticos deles. A sua mistura é linda... Da sua mistura nascem outros poetas... Essa é uma história muito bela... Pois a cada poeta cinza que nasce, nasce uma borboleta cinza. O problema é que poetas também morrem e com eles morrem as borboletas cinza. A parte boa da história é que elas não vão embora... Elas se transformam. Como quase ninguém dá atenção a uma borboleta cinza, quase ninguém dá atenção ao poeta que nasceu da mistura dos poetas goticamente misteriosos, com os poetas alvos como a alva borboleta. As borboletas cinza se transformam em vapor, e vão para o céu. Por isso é que quando você olha o céu em dia de chuva, você sente melancolia, e ao mesmo tempo vontade de brincar na chuva. O cinza é a mistura dos dois poetas, que a natureza resolveu homenagear através das borboletas, nuvens cinza e chuva. A melancolia vem dos poetas góticos, a alegria dos poetas alvos. Quando você vê uma borboleta cinza, observe aonde ela vai. Quem sabe ela não está indo atrás de um poeta? Também gosto de poetas cheio de todas as cores, mas esta é outra história. Por enquanto fiz uma pequena homenagem aos que vivem nos extremos, os que amam e demonstram através da dor [que aqui chamei de góticos, mas não sei se fui feliz em chamá-los assim], e os que também amam e demonstram através de uma gentileza exacerbada, mas nem por isso deixam de se amar primeiro, e por isso demonstram paz e alegria por onde passam [que aqui chamei de poetas alvos - brancos]. Poeta pensa, sem que necessariamente, deixe de sentir. Poeta sente, sem que necessariamente, deixe de pensar.

sábado, 27 de agosto de 2011

Prefiro viver, ao invés de ouvir promessas...


Não prometas o que não possas cumprir. Aliás, não me prometas nada com palavras. Prefiro que cumpras sem falar. Não vomite palavras. Não vomites ilusão!!

Meu amor,
Alimente-me com gestos. Se fizeres isso, tentarei retribuir, não é uma promessa, isso é um gesto em forma de escrito... Tentarei calar na hora certa, e falar quando preciso. Dar-te-ei meus ombros para usares e meus ouvidos serão teus... os meus olhos te dirão o que meus lábios não proferem. Sendo assim garantirão, que minh'alma não te fere. Minha alma não te fere, pois já faz parte de ti, e mesmo que eu quisesse, não poderia te ferir. Te maltratar seria como enfiar uma faca no peito. E se te fizesse isso, seria meu pior defeito... Matar o amor da minha vida, e cair no pior laço, enfrentar a despedida, e adentrar em tal colapso. Não suportaria a dor que então me abateria, e sem dúvida a minha vida perderia a alegria. Posso então te afirmar, meu amor, eu morreria. Por favor não me abandone, eu preciso de você, isso é pior que fome e não aguento não te ver. Parece que o meu peito vai explodir de dor, e o meu coração fica frágil sem amor. Te faço mais um pedido, não me deixe assim, tão fora. Me colocas em tua vida, é meu coração que chora.  No momento em que te vi, eu não acreditava nisso, mas me arrependi, e agora te aviso. Eu não cria em amor a primeira vista, mas meus olhos viram os teus e logo mudei a opinião, parece que no meu peito entoou uma canção. Coisa diferente, a qual eu não conhecia, e agora até parece que é nossa melodia. Será que estou errada? Meu coração está enganado? Não sei! Então pergunto: porque não estais ao meu lado? Queria poder te ver, te abraçar em meu abraço. Queria poder te tocar, e te conhecer de fato. Tenho tantas das histórias, coisas que já vivi. Quero te contar todas. Para ti acho que nasci. Quero que me conte as tuas... Viveremos tantas outras, aos olhos de outras vistas, nosso jardim terá mais grama, mas te afirmo, meu amor, passaremos por problemas, minha mente não se engana, mas como nos amamos, teremos ajuda do nosso Senhor. Digo, não será fácil, mas não podemos desistir, e mesmo na pior luta, não iremos cair. Vem, me dar a tua mão, e verás que será bom, andarmos juntinhos, nos cobrirmos de carinho, atenção que nos faltou. Onde estais que tu não vem? Estais ocupado com quem? Esquecestes que te espero? Você só nasceu pra mim! Desculpa, mas tenho pressa, de viver o nosso amor. Temos uma vida inteira, foi o coração que gritou: vem, ou então minha dona morre. Será que não entendes, que estou sofrendo a fole? Mais uma vez desculpa, parecer tão insistente. É que meu coração doente pede logo a tua ajuda, e se tu não vieres, não verás quem te procura. Quem te procura sou eu, aquela que te espera. Te espero pra te amar e de ti receber amor de volta, por favor se achegue logo, antes que minha espera se transforme em derrota. Serei derrotada se tu não apareceres. E em minha solidão, machucando o coração, amargarei a tua ausência. Por isso eu te peço, meu amor, tenha clemência.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Por que conviver com pessoas é tão difícil? (pergunta do formspring, feita por minha prima Kessinha) - [Resolvi postar aqui]

      Somos todos diferentes... E uma característica que TODO ser humano tem é querer dominar o outro, mesmo que não assuma. Queremos acreditar e acreditamos estarmos corretos e que é o outro que está errado. Somos teimosos, por natureza, e queremos IMPOR nossas certezas e vontades seja em nossos pais, filhos(as), amigos(as), colegas, família, namorado(a), noivo(a), marido(mulher). Se muitas vezes, nós mesmos não nos suportamos, de tão egoístas que somos, porque não haveríamos de, em um momento ou outro, não suportar o outro? A questão é que todos somos teimosos, de modo que eu teimo, tu teima, ele teima, nós teimamos, vós teimais e eles teimam, ou seja, a motor do carro "pifa", nenhuma das "mulas" desempacam. Ninguém cede... então a convivência se torna, realmente, complicada...

      Mas se você parar pra pensar, apesar disso tudo, nós não queremos ficar só, nunca. Nem que seja a presença de um simples brinquedo, que nos faz lembrar alguém... não amamos o brinquedo pelo brinquedo, amamos por causa da pessoa que nos deu tal brinquedo, uma boneca, um carrinho, uma bolinha de "gude", um cachorrinho de pelúcia (esse é meu), um coelhinho (esse é teu).

      Até mesmo quando falamos olhando pra um espelho de vidro ou espelho d'água (e todos fazemos isso, sei que não sou a única, e isso não é coisa de maluco rsrsrsrs), estamos querendo companhia. No caso do espelho, procuramos a companhia do nosso outro "eu", também chamo de consciência (não sei se estou certa. Ok?!).

      A convivência é, de fato, complicada, mas nós podemos tanto melhorá-la, quanto piorá-la. Para melhorar precisamos aprender o valor da paciência (e usá-la), além de saber ceder. É necessário, também, encontrar um modo de demonstrar ou ensinar tais valores para aquelas pessoas com as quais convivemos. Para piorar? [Coisa triste] Nisso já somos craques!!!


Se isto não servir pra ajudar, que, pelo menos, não atrapalhe a vida de niguém!!

De onde saem minhas palavras? Tô te fazendo inveja, Sherazade!!

Como um sopro no vento estão minhas palavras. Como lágrimas no oceano.
Se gritar? Perco minha voz.
Do que adianta existir e não ser vista? Ser feita e não fazer efeito?
Ah! palavras doces que tenho pra dizer!
É melhor que vocês permaneçam em mim, por mais um tempo (Não sei quanto. Como saber?).
É triste ver o botão de flor despedaçar. Por isso acho que fecharei os olhos.
Não quero ver a sua decadência. E eu que em minha inocência, achei que fosse forte, Estou indo sem rumo ou norte. Ah! que ser bandido. Pisa a flor sem piedade,
Não se cansa de maldade inda finge que não ver.
Mas o que é teu está guardado. Não precisa de ansiedade,
E seja em qualquer idade, tu verás o que te falo! Espera! Quem espera um dia acha!
E quem procura, também! Nesse momento quero estar viva, e com olhos bem abertos, pra ver se o que digo é certo, Ah! os meus olhos hão de ver...
Ver o que te sucedeu. Não como forma de vingança, é mais como forma de: "está vendo? Eu bem que te avisei!
Mas você não me ouviu, sequer fez que me olhou, seu pescoço me esnobou, agiu como ser bandido!"
E eu repetirei: "Está vendo? Eu bem te avisei, você que não me ouviu. Achou que ser o certo é seguir sempre no torto.
Mas agora te concerto, e te mostro que teu "rolo", não tem nada que se aproveite,
E  agora em tal deleite, eu te digo: "que queres Moço?"
"Me queres afim do antes? Pra quê semearei a flor? Para ser espezinhada, como antes lhe foi feito? Não! Nem com o maior efeito, nem que me jures teu Calor."
"Prefiro guardar a semente e plantar em tempo certo. Afim de não gastar remédio, que o doutor me receitou."
Sei que não me entendes, também não faz diferença, pois em tua inocência, não conheces o que é "flor".
Isso é uma metáfora, que diz mais do que Você já leu. Nem Sherazade entende, muito menos compreende o que quero aqui dizer. Ela se fez dona de algumas palavras, mas estas já foram cotadas, ela apenas reviveu.
Eu me faço, agora, e mesmo quem me ignora verá que estou certa,
Dou meu grito de alerta, e tento te por juízo, pra depois tu não dizeres, que eu não disse o que era preciso.

Ibéria Farias.

sábado, 9 de julho de 2011

Noite fria!


"Está tão fria a noite, que até a poesia sai congelada, mas de tão leve, parece mais floquinhos de neve ou simples gotas de orvalho congeladas..."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fim de tarde

... E a nossa música se fez...
Nos sons dos lábios se tocando,
No pulsar do coração...
E o vento que soprava suas notas,
Soprava como em segunda voz...
As folhas das árvores batiam palmas,
Mas batiam baixinho, para não atrapalhar.
Eles nos observavam, como mesmo a contemplar...
Até os pássaros que entoam lindas notas...
Preferiram se calar.
Até o céu com sua voz suave,
Preferiu somente olhar...
Por medo de errar a nota,
E nos fazer desconcentrar...
O céu quis aprender como se louva,
Então ele conteve a sua voz...
E com um sorriso bem baixinho,
Sussurrou  com vento para nós:

"__ Esta é a mais linda melodia que já ouvi,
Não tenho como explicar,
Peço que ensinem para mim,
E se preciso vou chorar.
Tenho observado muita gente,
E sou um bom observador,
Vocês cantam com a alma...
E vossas almas cantam com louvor..."

Senti um frio imenso,
Nossas mãos estavam geladas,
Era o céu nosso aprendiz
Querendo entender o segredo que se entoava.
Somente aquietou-se quando
Chegou a despedida,
E, ainda assim, disse: "__ Até a próxima vista!"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Isso não é religiosidade, é coerência

Parece que está fora de moda servir ao Senhor...
E quem disser ser servo dele, torna-se motivo de chacota... Incrível... parece que a sociedade prefere os assassinos, corruptos, estupradores... Servir a Deus dizem, "é perda de tempo".

Falar em honestidade então, é coisa de "besta"... Um homem encontrou, aproximadamente 70 mil reais, e devolveu ao dono, tornou-se a piada da semana... Como as pessoas são ótimas, não é verdade?

Ora! Foi Deus que me deu a vida! Prefiro "perder" tempo com Ele, do que com um mundo e toda a gente que faz zombaria dos que procuram andar em retidão, e são puros de coração...

Não me incomoda que me nomeiem de boba, idiota ou algo torpe...
Que me chamem pelo nome que quiserem, o meu alvo é Cristo.


Jesus Cristo

Não é só meu Salvador... É meu melhor amigo...
O seu sangue foi derramado por mim e por você...
Não vou deixar sua morte ser tida como um acontecimento a mais, somente.

Vou gritar o seu nome aos quatro ventos...
Eu amo o Senhor
Ele é o que há de mais importante em minha vida...

Agradeço ao Pai por ter me enviado seu Filho...
Deus, esse sim é bom...
O próprio Jesus falou, "Bom é o Pai".

Obrigada Espírito Santo, por estar comigo, e sempre me consolar, quando já não tenho nada de meu, quando o mundo me abandona...

Obrigada Senhor meu Deus, Pai, Salvador, melhor amigo e consolador...