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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Insanidade

        Eu, você e todos na humanidade sofremos as intempéries do tempo... que às vezes passa de forma assustadoramente rápida, noutras vezes sua lentidão é bem cruel. Mas a culpa é nossa, que nos tornamos apressados em tudo, que apagamos, todos os dias, a beleza de olhar o céu. Dançar na chuva. Que permitimos que a pressa dos negócios vantajosos tomassem lugar em nossas vidas. Nós nunca estamos conformados com o que possuímos. Ao passo que nos conformamos com esse pouco que a forma de viver com pressa e disputa diária nos trás. Deveríamos voltar a viver coisas pequenas. Mas se um quiser voltar, outros intentam em derrubá-lo. E o jeito? É correr atrás do "tempo perdido". Como se não valesse mais apena viver coisas simples. Coisas simples, essas, que podem salvar a vida de alguém. Pessoas vivem só, em meio a multidão. Já nem se importam mais se vivem isoladas. Ainda por cima preferem estar sozinhas. Ou no melhor dos casos preferem a companhia de animais. E a consequência disso é a morte literal ou não. Morrem para si e para a sociedade. Transformam-se em apenas mais um bem de consumo financeiro. Estou errada? Uma desgraça todos os dias, e a mais recente é sempre pior e mais dramática que a anterior. E tudo parece normal. E fácil de conviver. Ficamos assombrados com as tragédias, mas somos coniventes quando dizemos que fazem parte de nossos dias e não fazemos nada para saná-las e ao menos torná-las menores. E o que chamamos de vida segue. E vamos em frente como se fossemos animais indo para o abatedouro. Cegos e longe de nossa consciência, acabamos como imprestáveis, que nada fazem e por nada lutam; ou descartáveis, quando num dia mata-se um, suicida-se outro e pensamos o quanto é triste, mas logo esquecemos de procurar fazer o que é justo. E segue a boiada... e seguem os burros com seus cabrestos... E ninguém nunca faz nada. Estou errada? Insanidade!!

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