Obrigada pela visita e volte sempre

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sonhando acordada, em plena madrugada...


              Então a contemplar a natureza, uma linda frase de amor me vem à mente, mas não lembro qual. O rapaz e moça se olham, nada dizem. Olham-se intensamente. De repente, de uma forma doce ele se aproxima e dá-lhe um beijo. Suave e doce, assim como a frase esquecida. As lembranças da frase foram dispersas em um momento de distração, espero que as lembranças (imaginadas) desse casal, não sejam levadas ao vento.
            Ah! E que vento... Ele balançava os cabelos da jovem, momentos antes de o rapaz beijá-la... Mas você deve se perguntar o que o fez querer beijá-la... Terá sido os seus cabelos? Ou o seu perfume espalhado pelo vento? Que nada. Ela pensou na frase e ficou triste porque não poderia anotá-la. A frase iria se perder. Esqueceu. Se perdeu. Um texto começou a se formar em sua cabeça e a mocinha resolveu falar tudo o que lhe vinha à mente. Quem ouvia? A natureza e o moço. E qual terá sido a frase? Aquela esquecida... Sim. A mesma do início. Ela já havia falado a frase e continuou a dizer que a moça e o rapaz se olham e que nada dizem. É exatamente nesta hora e por isso que ele a beija. A jovem fala dos dois, e de um modo lindo. Sem aquelas chamadas “segundas intenções”. Não muito. O jovem percebe que é com ele e aceita.
            O resto você, leitor, já sabe...
            Ela sou eu, criação minha. Nada ocorreu ainda, mas de tanto querer e sonhar acabamos conquistando. Volto para o quarto que não é meu, pois estou de visita, e vou continuar a cena, para ver se pelo menos continuo texto. Faço um trajeto de tudo o que quero, para esse momento. Já sonhei com outros, mas esse foi meu preferido e último, até o momento. E quem sabe realizo?! Sim, ela sou eu.

sábado, 21 de julho de 2012

O rio corre enquanto voo



E andando na mata, de repente, me deparo com uma corda... E tenho a ideia de querer voar.

Quando olho melhor, vejo que ela está amarrada em uma árvore e logo à frente existe um pequeno barreiro e um rio cortando a terra.
É uma lugar bem verdinho, com o céu muito azul, mas mal consigo vê-lo, porque as árvores me empatam a vista.
E o rio corre.
E novamente a ideia de voar... Agarro a corda. Com um pulo, confiro se é mesmo segura e forte. E com mais um pulo, dessa vez é para valer. Começo um voo fantástico. Passo num rasante por sobre as plantas mais baixas e ao passar no rio, sinto a água jogar-se em mim. O rio me lava com as gotas muito frias de suas águas. E já nem tenho vontade de aterrissar, quando chego do outro lado. E o que faço? Assim que aterrisso agarro, novamente, a corda e faço o trajeto contrário. E tudo é tão novo e bom. E de novo. E de novo. Permaneço ali durante todo o dia. E voo como quando era criança. E que bom que percebo ainda ter aqueles mesmos cinco, sete, dez anos de idade. Ainda sou criança.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Conversa informal



Sabe o que faço quando a coisa fica difícil demais pra aguentar?
Simplesmente sigo em frente.
Com o tempo, as coisas vão para algum lugar, sendo ou não o lugar devido, mas vão.
A poeira abaixa... ou não.
Mas eu simplesmente sigo.
Vou andando, pra ver onde o caminho vai dar...
Às vezes de olhos bem abertos. Às vezes os fecho e aperto tanto, para não ver escuridão ou claridade, que dói.
Minhas pernas doem, de tanto que ando. Há momentos que nem o vento me alcança, de tão rápido que vou. Corro.
Às vezes paro e penso um pouco qual rumo tomar...
E lembro de quando li o que a poetisa me enviou: disse que o importante mesmo era a direção.
Mas sabe aquela hora em que você não quer saber de nada? E corre desesperadamente?
Assim eu fico, mas não é sempre.
Você me vê andando, mas é só ilusão de ótica. Às vezes estou parada. Pensando na vida, na noite enluarada.
Morro e ressuscito muitas vezes ao dia. Ah! Mas a vida é assim mesmo. Cheia de altos e baixos.
E quando estou no pé da ladeira e olho quanto chão tenho para subir... ?
Quase paro. Mas subo.
Já lá em cima, descanso um pouco. E aproveito a ladeira. Deito e rolo.
A vida é de um jeito que não controlamos. Não é estática.
A física não explica. Talvez por isso tenham inventado a metafísica.
Mas do quê que eu estava falando, mesmo?
Ah!
Que simplesmente sigo em frente, embora seguir em frente não seja tão simples, assim.
Feche ou abra os olhos. Mas siga. Só ou acompanhado, mas não desista. Descanse, quando não puder aguentar a dor. E corra quando estiver forte.
Vá de peito aberto. Ponha armadura, caso queira. Mas ande.
Levante. Ande. Corra. Sente-se.
Queira alguém ao seu lado. Mas queira, principalmente, você.

domingo, 1 de julho de 2012


      Gosto de fazer conta. Gosto de fazer de conta. E gosto de "faz de conta".
Façamos de conta que o "faz de conta" é de fazer contas... e ninguém dar conta de que a nossa conta não conta certo, mas conta tudo. Conta de o que é de nossa conta e de o que não é. Fala da conta do mercado, dar conta da vida do vizinho, conta até o que não quer.