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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Solidão...

Solidão...

Deixa o tempo me levar
E a vida lá fora
Vai voando e sem pensar
Aqui dentro
Estou só.
Só em mim
Só, a andar.


Outra coisa

Meus passos são meus,
Meus movimentos, não.
A consequências são minhas,
Minhas ações, não.
Meu desejo é meu,
Minha vontade, não.

Tenho desejos que não pude conhecer, coisas de minha alma...
Minha vontade caminha de acordo com o que me fazem ouvir.
Deixo meus desejos de lado,
Alguns nem procuro conhecer...
Do que me adiantam / servem os desejos, se não os posso viver?

Comemoração displicente ocorre assim:

Nova primavera se fez.

E nem vi chegar.

Estava caminhando a passos lentos...

Cuidando em não tropeçar.

Quando olhei o tempo...

Tarde!

E ainda senti ela me Tocar.

sábado, 3 de setembro de 2011

Inventando história

[Em construção]

       Poeta vai aonde quer. Nada, voa, anda por lugares estranhos. Ver na alma, sem olhar os olhos. Sente sem tocar, se tocar, aquece. Se for tocado, explode. Amores a perder de vista são criados pelos poetas, e os mesmos os tornam eternos... Romeu e Julieta morreram, mas seu amor não. Quando chegará o meu amor? Essa resposta eu não tenho. Espero que o poeta criador seja o meu Senhor. Mas esquecendo de mim, voltemos aos poetas... Poetas são como flores, sejam elas silvestres ou que habitem os quintais ou varandas das casas. Eles surgem também com o vento... São espalhados, uns são amados e outros não. Uns chegam a ser pisoteados. Seus perfumes variados são de fragrâncias inconfundíveis. Mas há os que não querem vê-los, tão pouco tocá-los. Melhor assim, se seres insensíveis os tocassem poderiam arrancar as suas pétalas e polens. E como eles iriam encantar? Poetas são como borboletas, de todas as cores... E têm alguns que são também muito especiais, os que são como as borboletas negras, que são goticamente misteriosos. E aqueles que são como as borboletas alvas, que de tão claras iluminam por onde passam? Esses são raríssimos!! São como anjos, e raros de se ver. Você percebe logo, e o quer sempre perto de você. Eles gostam dos góticos e os góticos deles. A sua mistura é linda... Da sua mistura nascem outros poetas... Essa é uma história muito bela... Pois a cada poeta cinza que nasce, nasce uma borboleta cinza. O problema é que poetas também morrem e com eles morrem as borboletas cinza. A parte boa da história é que elas não vão embora... Elas se transformam. Como quase ninguém dá atenção a uma borboleta cinza, quase ninguém dá atenção ao poeta que nasceu da mistura dos poetas goticamente misteriosos, com os poetas alvos como a alva borboleta. As borboletas cinza se transformam em vapor, e vão para o céu. Por isso é que quando você olha o céu em dia de chuva, você sente melancolia, e ao mesmo tempo vontade de brincar na chuva. O cinza é a mistura dos dois poetas, que a natureza resolveu homenagear através das borboletas, nuvens cinza e chuva. A melancolia vem dos poetas góticos, a alegria dos poetas alvos. Quando você vê uma borboleta cinza, observe aonde ela vai. Quem sabe ela não está indo atrás de um poeta? Também gosto de poetas cheio de todas as cores, mas esta é outra história. Por enquanto fiz uma pequena homenagem aos que vivem nos extremos, os que amam e demonstram através da dor [que aqui chamei de góticos, mas não sei se fui feliz em chamá-los assim], e os que também amam e demonstram através de uma gentileza exacerbada, mas nem por isso deixam de se amar primeiro, e por isso demonstram paz e alegria por onde passam [que aqui chamei de poetas alvos - brancos]. Poeta pensa, sem que necessariamente, deixe de sentir. Poeta sente, sem que necessariamente, deixe de pensar.