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sábado, 28 de dezembro de 2013

Revisão de "natal"...

Papai Noel foi à venda de Seu Lunga, comprou uma botina, e não quis pagar. No que Seu Lunga, pegando a sua espingarda, falou:
- "Pague a sua conta, seu veio safado.”

O bom velhinho correu o mais que pôde e, numa distância segura, gritou, feito gente ruim:
- "Põe na conta do C. F. Abreu, se ele não pagar... nem eu...”

Subiu em seu trenó e partiu; não se sabe para onde... Seu Lunga, contrariado, baixou a sua arma, e, entrando para sua venda, retrucou:
- "Aquelas bonitas eram do Judas, mesmo... Achado não é roubado. Quem perdeu foi relaxado...” 

domingo, 22 de dezembro de 2013

A nossa salvação está em Deus. Ela é independente de denominações...

Que a Igreja fiel tenha por adorno os frutos do Espírito... E que seja buscado, todos os dias, a comunhão e intimidade com Deus... A Igreja fiel não é uma instituição religiosa, tão pouco o povo fiel pertence a uma religião... O povo de Deus é todo aquele que busca a Deus, em Espírito e em verdade... Que não submete a ação de Deus a um templo físico... Que anda em justiça, segundo a palavra de Deus... Mas procura saber, amar e seguir a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor... Enquanto muitos não compreenderem que o amor e a salvação de Deus são independentes de uma religião e de placas de igrejas, muitos sofrerão... Deus não precisa de religião, não necessita de templo físico e nem precisa de nós... Deus salva, resgata, purifica, renova as forças da maneira que quiser e no momento que bem aprouver a Ele... A Obra é do Senhor... do Senhor... e nunca, jamais de uma placa de igreja ou de uma religião. O templo físico serve como apoio espiritual de uns para com os outros... Mas Deus não fala somente ali... Para você ser corpo de Cristo, basta fazer a vontade do Pai celestial... Que procuremos saber, de Deus, qual a vontade dEle, para com cada um de nós.

Só me rendo ao meu Criador...

Doida pra testar a minha força (psicológica)... Desafios me fazem um bem e tanto... Quanto mais difícil fica, mais eu enrijeço... Podem até chicotear... Mas se a intenção for fazer com que eu "peça arrego ou penico", é melhor descansarem os braços... Minha mãe me ensinou a empunhar a espada, quando estiver no centro do campo de batalha... E se estiver sem escudo, ela também me falou sobre a importância de enfrentar qualquer situação, de peito limpo e aberto... Não aprendi a ter medo do chão... No pior dos casos, ele me servirá de apoio, na hora da queda... Dona Helena sempre fala que: "se cair, do chão não passa."


P.S.
Não somos fortes, por nós mesmos, mas porque o Pai celestial nos dá a força necessária para cada enfrentamento diário...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Rasgando o verso...

Fui até pasárgada... encontrei um lugarejo remoto... Apenas!
Meia dúzia de gatos pingados de habitantes... 
Lá contém uma capela, uma bodega e uma saleta que funcionava como escola e hospital... 
O padre mora na cidade vizinha... a professora que também era enfermeira morreu por ter adquirido raiva, mediante a mordida de um cão raivoso... 
O bodegueiro é o único que ainda tem garantido seus lucros diários... 
O rei, falado na poesia, é um bêbado que de vez em quando vai à minuscula praça da cidade e fica a gritar: "em terra de cego, quem tem um olho é rei"; o que lhe conferiu o apelido de "Rei"... Rei vai com frequência à bodega de Eriosvaldo... E aqui acaba mais uma história sem sentido. 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A tristeza de um sonho...

Antes uma dor no dente que uma dor de um sonho enterrado... O dente você extrai... um sonho não se mata... é, no melhor (e pior) dos casos, enterrado vivo... Nossos sonhos se debatem no túmulo... cada um insiste em manter-se vivo, aquecido... Mas lembra que foi largado ali... e definha naquela escuridão horrenda, que é o túmulo do esquecimento... Não recebeu sequer um epitáfio em sua lápide. Qual lápide? Por cima dos sonhos, muitas vezes, jogam apenas terra. E o tempo com o seu largo e apressado passo segue seu rumo para um destino: o fim. O tempo chega, vai e não volta mais. Todo tempo que nasce, morre... Mas um sonho, não. Este permanecerá solitário e esquecido como um amor adormecido. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Porta retrato

E de carta em carta... as areias do tempo vão escoando... olho para meus dedos magrelos... eles já não são os mesmos... Frágeis a cada escrita... olho para meus olhos... às vezes quase não os vejo... olho para meu rosto já palidamente esbranquiçado... noto, com certo susto, que envelheci... Olho para as cartas, que meus olhos já não podem ler... olho para meu rosto, que o espelho não consegue perceber... Olho para dentro de mim... e no meu coração, ainda está você... Vem uma criança e, correndo, derruba o único porta retrato na mesinha de meu quarto... Ouço cacos caírem... Era onde eu guardava o teu último retrato... Ah! Mas que importa uma imagem no papel... Se te tenho na minha memória... Pois sempre te imaginei comigo... Até sonhei algumas vezes... Eu sempre via nós dois brincando, sorrindo, falando... e caminhando lado a lado... Mas chorei, quando ouvi quebrar aquele porta retrato... Ocorreu justamente no dia do teu aniversário... Hoje, aos oitenta anos, sinto cada vez mais saudades de tudo... e fico a pensar como teria sido... nunca saberei, mas eu sinto muitas saudades do beijo que não te dei...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Criação, inspira, ação...

A morte de um escritor/poeta/contista é faltar-lhe a inspiração... Sua ressurreição, no entanto, pode vir de uma simples saudade daquilo que o inspira(va)... Saudade de sonhos... de vontades jamais concretizadas... Saudades de algo que sequer se sabe o que é... e mesmo de eras passadas... É como faltar o ar do poeta, ou esvair-se a sua alma, quando lhe falta inspiração... Mas essa angústia pode presenteá-lo com tal melancolia... que se os fardos diários (ou o "raio que o parta", qualquer que seja) quisessem mesmo pregar-lhe um peça... sua inspiração, antes, não tivesse tirado. Obrigada a cada fardo... 

Exílio "consentido"

Um homem que vive exilado na sua própria terra natal: 

O pior exílio é aquele no qual um homem já não pode fazer por si, mas faz por Fulano ou Cicrano, mas acredita que faz por si próprio; e, pior, crê que está fazendo bem a ele mesmo. Muitos vivem em prol do que o outro vai dizer ou pensar. Até mesmo tantos que se dizem mais "rebeldes"... vivem, fazem, falam e gritam para serem "aceitos" dentro de grupo X ou Y... E quem arrisca dizer que está livre disso? Para se viver de maneira livre e escapar de todos os grilhões é preciso sentir paz consigo mesmo (e como sou cristã, falo também em "paz com Deus")... Sentimos paz e temos certeza a cada decisão, ou permanecemos confortáveis apenas porque um superior (pai, diretor, governador, padre, juiz, pastor, sensei, pajé) falou que seria o correto?
Líderes existem para nos fazer refletir, para nos auxiliar a enxergar por vários ângulos... Somente quando compreendemos o que nos rodeia, é que teremos alguma aptidão a tomar uma decisão... Quem diz o que se deve fazer é o chefe. Chefe dá ordens... Líder faz você refletir acerca de regras, leis e ordens... Afinal de contas não é porque uma lei, regra ou ordem foi dada que precisa ser seguida "à ferro e fogo". Não é porque é lei (humanamente falando) que está correto... Será que o coerente não seria que déssemos ouvidos a uma voz até o ponto em que nós discerníssemos que há algo estranho? E eu? Ouço de tudo... mas nem tudo eu guardo...

domingo, 8 de dezembro de 2013

Somente por ser amor...

O melhor poema/carta é aquele que sentimos: quando os poros da pele pedem mais... e arrepiam... Quando não controlamos o riso... Quando é preciso desviar os olhos, por timidez ao olhar... Quando queremos estar junto ainda que não esteja como imaginamos que poderia vir a ser... A melhor declaração é aquela que fazemos num olhar e num sobressalto que "sofremos" ao avistarmos o motivo de nossa saudade... Sabemos que é amor quando mesmo distantes, em muitos sentidos, de alguém, realmente cuidamos, da maneira como podemos, e queremos ver tal pessoa bem... Sabemos que é amor, quando queremos estar perto, para "fazer nada, juntos"... ou fazer qualquer coisa...Temos a certeza de que é amor, quando sofremos com a distância, mas a felicidade do outro ajuda para que aguentemos a ausência; ainda que a saudade esteja dolorida e quase insuportável... Saber que o outro também sente, nos fortalece para lutar e vencer qualquer batalha contrária... Somente por ser amor. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A Jovem Castelã e o seu Poeta Trovador - Primeira parte

E a jovem castelã tornou-se eriçada e resolveu que tomaria as rédeas da situação... Estava cansada de sempre esperar (por orgulho) pelo Trovador que vivia a cantar cantigas para ela, mas longe dos muros desta... E debruçando-se em uma das janelas de sua fortaleza, ficou a lembrar da voz de seu Poeta... Lembrou-se, também, porém, que jamais o havia beijado; sequer um beijo em sua face... E isso a incomodou profundamente... Ela queria mais... Refletiu consigo mesma e tomou a decisão:

"__ Pelo visto eu mesma terei que dar um jeito na situação... Já chega de saudades inexplicáveis... Quero razão e motivos "palpáveis"... Quero fazer uso dos cinco sentidos... dos cinco sentidos! O que tiver de ocorrer, ocorrerá... Nunca fui mulher (nem menina) de esperar pelas atitudes de ninguém... Porque continuarei a agir feito boba? Observei motivos suficientes para acreditar que vale apena tentar/lutar... Engolirei o orgulho besta. Mulher orgulhosa não abraça direito; vive disfarçando sorrisos, choros e olhares... Mulher orgulhosa não beija. E eu quero abraçar, sorrir, chorar e olhar sem disfarces... Quero beijar exatamente quando o ponteiro marcar meio dia e/ou meia noite... Quero fazer o meu amado feliz e quero que ele me faça feliz, também... Quero amá-lo e quero que me ame... como nunca imaginamos que poderíamos amar alguém..." 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Um certo Livro...

Não precisamos "tomar posse" de tudo o que achamos querer para nós... Podemos parar, observar e admirar, por um instante... E depois seguir em frente na vida... sem precisar "levar para casa"...

No entanto há um "Livro" que eu gostaria, mesmo, de poder ler, olhar, observar e admirar, pessoalmente, por todos os dias de minha vida... Este Livro parece não ter fim... mas quanto mais leio, mais sinto vontade de continuar lendo... Ah! se eu o pudesse ler a cada manhã, no meio da tarde e ao anoitecer... De suas páginas saltam risadas que soam como músicas; posso ouvir, também, canções trovadorescas... sou a sua castelã... Meu corpo arrepia a cada vez que folheio suas páginas; fico a sorrir... Mas mal posso vê-lo... Ele mora em meio as estantes de uma biblioteca. E quase nunca posso entrar nela... É um livro que conta histórias de tantos e longínquos lugares... Encontro nele histórias do medievo e atuais... E o seu cheiro de livro novo, então...?! Somente ao lembrar da cor marrom dourado, de sua capa, sensações me afetam os poros; também sinto vontade de rir e chorar; de dançar na chuva; cantar; também me vem uma vontade louca de abraçar apertado e ao mesmo tempo suavemente; de beijar até faltar o ar; tão boas são as suas histórias... Não sei se poderei fazer dele meu livro de cabeceira... Vontade não falta. 

Feridas precisam ser analisadas...

"Sempre considerarei a minha dor a menor de todas... porque sei o que sofro e conheço minha capacidade de suportar uma agonia... mas não sei o sofrimento dos outros..." 

Esse deveria ser o pensamento de cada ser humano... Isso daria capacidade de ajuda mútua... Mas infelizmente vemos que muitos vivem compenetrados em suas bolhas... Preferem ficar isolados em seus melindres e grilhões - e, feito fossem tesouros raros, querem ser descobertos e resgatados-. Valorizam somente (ou mais) seus desejos e anseios... Não se importam em consolar quem também precisa... da mesma maneira não são consolados... E muitos seguem tristes, solitários e desconsolados... com forte estado depreciativo... procurando quem queira andar de mãos dadas (Será que procuram de maneira coerente?)... Mas não compreendem que antes de querer andar ao lado de alguém, precisam antes estar saudáveis neste sentido... e dispostos a também abdicar de certas coisas [inclusive de uma grande necessidade de (re)afirmação...] para poder estar ao lado de alguém... Devemos amar quem nos é (ou está) próximo do mesmo modo que nos amamos... O inverso também é verdadeiro... Deixo umas perguntas: será que sabemos amar? Será que compreendemos o que é amor próprio? Sabemos amar a nós mesmos? Realmente amamos o nosso próximo, ou apenas repetimos o que todos dizem?

Feridas não curadas e/ou não analisadas podem ser um grande perigo...

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Duas palavras...

Dentre tantas as cartas que já te escrevi...
A mais importante de todas ainda guardo em meu coração.
Será que teremos nosso final feliz,
Ou tudo não passará de engano e ilusão?

De tantas palavras que te disse...
Duas foram as mais verdadeiras...
Acredite, não juro tolice.
Ainda que grite asneiras.

Já quis deixar pra lá; esquecer tudo!
Mas sempre volto a perguntar:
"Porque não podes estar em meu futuro?"

Estes simples versos foram feitos como resposta...
Admito o que sinto, com grande timidez...
(Se quiseres ouvir...)
Vens falar... e te direi... Queres uma aposta? 

História de bicudos: Duas palavras, um “beijo”, um olhar e um sobressalto...

Uns chamam de vergonha na cara... outros de amor próprio... Eu chamo de orgulho, mesmo... é a palavra que possui o significado mais próximo ao que carrego em mim... Tem horas que eu gostaria de dar uns passos atrás... De gritar o que sufoca o peito e a garganta... Mas penso... e mantenho meu silêncio sepulcral... Parte de mim segue em frente... outra parte fica. Mas sou orgulhosa o suficiente para olhar para trás... Não me despeço nem de minha metade... Às vezes falo “tchau”... Sigo dividida... Sem a metade, que ficou, obviamente, nunca estou inteira... Carrego comigo metade do coração e metade da mente... O que ficou, não ficou só... está com outra "Incompletude"... Incompletude, esta, que perdeu de si... e deixou comigo... Carrego no peito uma não conformação com tal história... Mas endureço, e não admito, de modo nenhum, não. Eu e minha outra metade seguimos distantes por causa do orgulho... Ainda vou tentar provar que “dois bicudos podem, sim, ‘se bicar’”... À minha metade que insiste em ficar: Duas palavras, um “beijo”, um olhar e um sobressalto... E a saudade volta a incomodar... 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Deus nos inquieta a buscá-lo, cada vez mais...

Deus tem me inquietado muito, nessas últimas semanas (mas principalmente últimos dias) a procurar entender as coisas celestiais e a discerni-las das coisas que não são celestiais... A principio quase me assustei... mas depois notei que tudo o que estava vindo à minha mente era Deus me movendo a perguntar a Ele... E hoje eu sinto que amo ainda mais os meus irmãos e cada um de meus próximos... assim como passei a amar ainda mais a obra do Senhor... E desejo que essa comunhão e intimidade com Deus fique cada vez mais estreita, para honra e glória do Senhor...

(Texto escrito em: 29 de novembro de 2013.)