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sexta-feira, 30 de março de 2012

Aceita um desafio?

          Não adianta (nem precisa) fazer estardalhaço. O que há de mais lindo é feito com modos singelos. E não é que são os pequeníssimos detalhes que fazem aquela diferença?!... Gosto de sutilezas... Dos passos lentos e tranquilos. Gosto do que pode ser suave. Daquilo que responde como simplicidade... Obviamente, também quero aquilo que possui energia, que é forte e, apaixonadamente, atraente. Parece que venho mudando meu conceito sobre paixões? Sei lá. Mas até as paixões possuem pequenos detalhes. Daqueles inesquecíveis (algumas vezes se tornam odiáveis - embora isso não venha ao caso) que tiram nosso pé do chão. Mas gosto do que faz sentir-me segura. Porque sendo ou não paixão; e sendo ou não sutil, preciso saber que ali é o "meu lugar". Ou... nunca abrirei a guarda. Conquista-me, se puder.

sábado, 24 de março de 2012

A chuva

            Até que fim as nuvens derramam o seu néctar sobre a terra. E faz nascer a erva verde e flores de todas as cores virão, mas em próxima estação. Enquanto isso continua surgindo as árvores... E só por causa das nuvens é que a terra fica embriagada e, embriagadamente, jogam um encanto sobre mim e eu escrevo coisas assim, para quem gosta da dança que a chuva faz. A chuva é quem maestra o ritmo da minha festa e tudo isso me satisfaz. Chove.

Memórias de uma infância

Ah! Como lembro. De tempos de minha infância. De coisas que eu vivia. Minha mãe preparava o lanche para eu levar para a escola. Mas primeiramente, tentava me acordar. E como eu dava trabalho... E dormia... e dormia. Ela me vestia, e eu dormia. Colocava meu sapatinho, e eu ainda dormindo. Dessas coisas eu não lembro, ela é quem me conta. Seguia para a escola. Lembro mesmo de quando chegava a famosa hora do lanche. Como nem sempre eu levava comida, minha mãe levava um copo com leite quentinho e um pão com ovo. Ai que saudade. Os alunos riam (tão bobos). Preferiam (e criam ser melhor) comer balas e bombons, mas eu gostava do que dona Helena fazia. A saudade é alegre, mas é saudade. Creio que estava aos 7 e 8 anos de idade... Oh! Que tempos bons e tão doces e alegres. Tempos que eu brincava e isso era minha maior responsabilidade. Meu maior dever. Ser feliz. Lembro que minha mãe dizia: “Vá brincar, minha filha”. E eu que queria lavar a louça... (risos). Hoje é tudo tão diferente... (mais risos).
            Minha mãe não permitia que eu ou meus dois irmãos saíssemos para brincar na rua, mas sempre possuímos espaçosos quintais. E brincávamos... (eu poderia ter brincado mais, porém eles eram chatos). Lembro que os dois faziam brincadeiras de menino (afinal meninos), e eu queria brincar junto, mesmo menina. Eles diziam: “Não. Isso não é brincadeira de menina”. E eu saía muito brava e acabava brincando com minha boneca e algumas panelinhas. De vez em quando brincávamos juntos. E disso? Tenho muitas saudades. Saudades alegres. Saudades doces. De coisas que não voltarão jamais, infelizmente.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Identidade

        Devo ser mesmo alguém estranho e estranhamente sigo. E ando de modo diferente. Meu falar é esquisito. Meu portar exagerado. Às vezes com os cabelos assanhados, me sinto como estivesse ao vento. Minha voz descompassa ao som da tua passada. E fico nervosa, mas aguento. Às vezes é só um fingir. Finjo que aguento. Devo ser mesmo estranhamente apaixonada. Mas rejeito. Nego. Dizem que só sabe a felicidade quem viveu ou vive uma paixão. Do contrário não vale a pena estar vivo. Não sei. Sei lá. Devo mesmo ser doida. E doidamente sigo. Como alguém que sem destino, vive a vagar. Ando por ruas escuras. Às vezes me vem um clarão. Finjo que nem vejo. E passa. Ando com vendas na face. Gritam e não ouço. Também nada digo de mim. Para que? Ninguém responde o que quero saber. Daí eu sigo em frente, e como alguém demente, a culpa vem me bater. E faz sem piedade. Vá. Fale. Esperneie. E digo não. Sou teimosa. E teimosa que sou, sigo em um lugar que não tem dono. Terra de ninguém. Acho que gostaria de encontrar uma mão que me desse um sinal. Dissesse o sentido de meus passos. Ou andasse comigo, e juntos déssemos sentidos às nossas vidas errantes. Afinal viemos. Quando sairemos só o senhor tempo é quem decide. Ando sem rumo e direção. Vivo na contramão de quem vai e volta. Sou um circulo maluco. Sempre volto ao inicio de tudo. E nunca entendo nada.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pátria que me pariu (e que me puniu, depois de me parir - Brasil)

Brasil, pátria que me puniu, depois de me parir.


Só há bundões no samba...
e nas reivindicações.
O meu país é bamba,
De gente que não pensa.
Só há bundões no samba
E boca que comida não entra.

O meu país é grande, nele
Vejo muita beleza.
Vivemos numa grande rede,
De gente que não usa a cabeça.
Só a bunda?

Ache ruim quem quiser.
E se puder prove o contrário.
Mas cuidado com seu argumento
Só preciso do seu salário,
Para mostrar que você também não tem documento.

Vivemos num país sem lei.
Onde quem manda é o errado,
E ai de mim se tentar falar um "ei!"
Posso terminar degolado...
Pensa que estou mentindo?
Vem ver a política do meu Estado (nação)

Vivo em uma terra de uma incomum beleza,
E só não percebe quem for cego.
E mesmo diante de tudo, não nego,
Seria melhor não ter de enxergar safadeza.

Meu país é lindo e é uma nação tropical
O seu esplendor faz-me pensar: será que sou Tereza? (Deus me livre)
E quase penso fazer parte de uma importante realeza (Deus me livre)
Mas de repente vejo: boa parte disso não passa de safadeza.

Desculpem-me os "eza". Causaram certa estranheza. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

O antigo me fascina


        Coisas antigas me fascinam... Outros tempos, lugares e ideias. Os comportamentos e modos de vestir-se. Não sei se nasci no tempo errado, mas poderia ter nascido em outro. Em tempo remoto. Num passado. Ah! e que passado lindo. Consigo ver-me nele. Andando pelas colinas ou ruas. Trajando vestidos com suas saias rodadas... Ou, simplesmente, uma roupa que dissesse: "É feminina, é mulher". Levando meu lenço branco, tendo nele o meu nome gravado e gotas do meu perfume predileto. Os penteados mais lindos usaria, e os mais lindos sapatos. Andaria de modo singelo, porém feminino. Trajaria vestidos com poucas saias (umas duas)... Ou, graciosamente, uma roupa que dissesse. "É feminina, é mulher". Seria galanteada com respeito e cuidado. Diria não ou sim. Conheceria cavalheiros e seria por eles respeitada. E como dama, seria honrada. Teria minha própria penteadeira, com meu espelho e meus perfumes. Teria, ali, meu pó de arroz, para passar em minhas faces rosadas. Poderia usar meias-calças (ou não). Mas seria respeitada e principalmente zelada. Seriam poucos os vagabundos (ou não), mas teriam os cavalheiros, que pelo mundo inteiro haveriam de passar. E onde quer que eu fosse seria observada como uma dama respeitada, a qual só tem o que admirar. Não é que não tivesse defeitos, apenas não os espalharia de modo despudorado. E não passaria a ter momentos envergonhados pelos que hoje vivem. Meu nome é mulher, mulher desassossegada. Que vive inconformada com o lugar que perdi. Lugar que era só meu, mas me atrevi a ir mais longe. Perdi o meu status e quase a sensatez. E hoje, digo, de vez: Não sei qual é meu brado. Se quero o lar ou o trabalho. Não dou conta de tudo. É complicado, demais. Mas sou insistente, e sendo ou não demente. Ainda quero o passado.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cadê tu?

       Sofro de um mal, de um mal chamado saudade. Vem partindo o peito. Como se eu fosse o único ser disponível para sofrê-la, vem. Já fiz de tudo para não passar por isso, mas sou uma só e todo número “um” pede outro. Alma querente e corpo carente. Que mais faço? Vou cortando o tempo, a fora. Rasgando véus, em solidão. Véus que vem como cortinas. Como se nada mais restasse, te procuro. Insisto em te querer. Como em notas musicais, às vezes, parece que posso tocar você. Mas o tempo é cruel demais. Passa, passa, passa, mas não traz você. Passa, passa, passa, e não consigo te ver. Eu, que estou só, subo, corro, caio, levanto e ando, sofro. Você não está aqui, ao meu lado. Cada livro que leio, cada canção ouvida, textos que escrevo e mesmo os ritmos que danço, faço, pensando em ti. Meu coração, sei, segue na batida do teu. E sinto a tua falta. É, justamente, ela que me faz companhia. A tua falta. Mas, às vezes, acho que... toco você. Procura por mim.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Poetas

Sou amante do que é belo, harmônico que me faz lembrar um cantar de pássaro ou brisa suave. Todos que são assim, se tornam (por graça e mérito) poetas da vida, e não, necessariamente, das letras. Não faço poesia, é ela que me faz...


Grãos de areia perdidos num céu de estrelas... são os poetas ao contemplarem suas inspirações...