Sofro de um mal, de um mal chamado saudade. Vem partindo o peito. Como se eu fosse o único ser disponível para sofrê-la, vem. Já fiz de tudo para não passar por isso, mas sou uma só e todo número “um” pede outro. Alma querente e corpo carente. Que mais faço? Vou cortando o tempo, a fora. Rasgando véus, em solidão. Véus que vem como cortinas. Como se nada mais restasse, te procuro. Insisto em te querer. Como em notas musicais, às vezes, parece que posso tocar você. Mas o tempo é cruel demais. Passa, passa, passa, mas não traz você. Passa, passa, passa, e não consigo te ver. Eu, que estou só, subo, corro, caio, levanto e ando, sofro. Você não está aqui, ao meu lado. Cada livro que leio, cada canção ouvida, textos que escrevo e mesmo os ritmos que danço, faço, pensando em ti. Meu coração, sei, segue na batida do teu. E sinto a tua falta. É, justamente, ela que me faz companhia. A tua falta. Mas, às vezes, acho que... toco você. Procura por mim.
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