Obrigada pela visita e volte sempre

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Vidas. Vidas? Vidas grafadas...

Eu faço de minha vida poemas,
Diferente não poderia ser,
Pois como a ave voa, quando resplandece,
Também repousa, ao entardecer.

Assim sou eu, feito passarinho,
Que, tendo asas, canta ao voar.
Mas se entristece,
Quando, pois, querendo ninho,
Não o encontra para repousar...

Eu faço versos sobre a minha vida,
Mas também grafo a vida de outrem.
No fim, porém, há uma grande  sina:
Não reconheço a vida de ninguém.

Eu desconheço a minha própria história,
Mas vou grafando – feito boba –
Sem parar;
E, sendo ruim a minha memória,
Esqueço disso e continuo a grafar...