Uns chamam
de vergonha na cara... outros de amor próprio... Eu chamo de orgulho, mesmo...
é a palavra que possui o significado mais próximo ao que carrego em mim... Tem
horas que eu gostaria de dar uns passos atrás... De gritar o que sufoca o peito
e a garganta... Mas penso... e mantenho meu silêncio sepulcral... Parte de mim
segue em frente... outra parte fica. Mas sou orgulhosa o suficiente para olhar
para trás... Não me despeço nem de minha metade... Às vezes falo “tchau”...
Sigo dividida... Sem a metade, que ficou, obviamente, nunca estou inteira...
Carrego comigo metade do coração e metade da mente... O que ficou, não ficou
só... está com outra "Incompletude"... Incompletude, esta, que perdeu
de si... e deixou comigo... Carrego no peito uma não conformação com tal
história... Mas endureço, e não admito, de modo nenhum, não. Eu e minha outra
metade seguimos distantes por causa do orgulho... Ainda vou tentar provar que
“dois bicudos podem, sim, ‘se bicar’”... À minha metade que insiste em ficar:
Duas palavras, um “beijo”, um olhar e um sobressalto... E a saudade volta a
incomodar...
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