Antes uma dor no dente
que uma dor de um sonho enterrado... O dente você extrai... um sonho não se
mata... é, no melhor (e pior) dos casos, enterrado vivo... Nossos sonhos se
debatem no túmulo... cada um insiste em manter-se vivo, aquecido... Mas lembra
que foi largado ali... e definha naquela escuridão horrenda, que é o túmulo do
esquecimento... Não recebeu sequer um epitáfio em sua lápide. Qual lápide? Por
cima dos sonhos, muitas vezes, jogam apenas terra. E o tempo com o seu largo e
apressado passo segue seu rumo para um destino: o fim. O tempo chega, vai e não
volta mais. Todo tempo que nasce, morre... Mas um sonho, não. Este permanecerá
solitário e esquecido como um amor adormecido.
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