Sabe o que faço quando
a coisa fica difícil demais pra aguentar?
Simplesmente sigo em
frente.
Com o tempo, as coisas
vão para algum lugar, sendo ou não o lugar devido, mas vão.
A poeira abaixa... ou
não.
Mas eu simplesmente
sigo.
Vou andando, pra ver
onde o caminho vai dar...
Às vezes de olhos bem
abertos. Às vezes os fecho e aperto tanto, para não ver escuridão ou claridade,
que dói.
Minhas pernas doem, de
tanto que ando. Há momentos que nem o vento me alcança, de tão rápido que vou.
Corro.
Às vezes paro e penso
um pouco qual rumo tomar...
E lembro de quando li o
que a poetisa me enviou: disse que o importante mesmo era a direção.
Mas sabe aquela hora em
que você não quer saber de nada? E corre desesperadamente?
Assim eu fico, mas não
é sempre.
Você me vê andando, mas
é só ilusão de ótica. Às vezes estou parada. Pensando na vida, na noite enluarada.
Morro e ressuscito
muitas vezes ao dia. Ah! Mas a vida é assim mesmo. Cheia de altos e baixos.
E quando estou no pé da
ladeira e olho quanto chão tenho para subir... ?
Quase paro. Mas subo.
Já lá em cima, descanso
um pouco. E aproveito a ladeira. Deito e rolo.
A vida é de um jeito
que não controlamos. Não é estática.
A física não explica.
Talvez por isso tenham inventado a metafísica.
Mas do quê que eu
estava falando, mesmo?
Ah!
Que simplesmente sigo
em frente, embora seguir em frente não seja tão simples, assim.
Feche ou abra os olhos.
Mas siga. Só ou acompanhado, mas não desista. Descanse, quando não puder
aguentar a dor. E corra quando estiver forte.
Vá de peito aberto.
Ponha armadura, caso queira. Mas ande.
Levante. Ande. Corra.
Sente-se.
Queira alguém ao seu
lado. Mas queira, principalmente, você.
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