E andando na mata, de repente, me deparo com uma
corda... E tenho a ideia de querer voar.
Quando olho melhor, vejo que ela está amarrada em uma
árvore e logo à frente existe um pequeno barreiro e um rio cortando a terra.
É uma lugar bem verdinho, com o céu muito azul, mas mal consigo vê-lo, porque
as árvores me empatam a vista.
E o rio corre.
E novamente a ideia de
voar... Agarro a corda. Com um pulo, confiro se é mesmo
segura e forte. E com mais um pulo, dessa vez é para valer. Começo um voo fantástico.
Passo num rasante por sobre as plantas mais baixas e ao passar no rio, sinto a
água jogar-se em mim. O rio me lava com as gotas muito frias de suas águas. E
já nem tenho vontade de aterrissar, quando chego do outro lado. E o que
faço? Assim que aterrisso agarro, novamente,
a corda e faço o trajeto contrário. E tudo é tão novo e bom. E de novo. E
de novo. Permaneço ali durante todo o dia. E voo como quando era
criança. E que bom que percebo ainda ter aqueles mesmos cinco, sete, dez anos
de idade. Ainda sou criança.
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