Então a contemplar a
natureza, uma linda frase de amor me vem à mente, mas não lembro qual. O rapaz
e moça se olham, nada dizem. Olham-se intensamente. De repente, de uma forma
doce ele se aproxima e dá-lhe um beijo. Suave e doce, assim como a frase
esquecida. As lembranças da frase foram dispersas em um momento de distração,
espero que as lembranças (imaginadas) desse casal, não sejam levadas ao vento.
Ah! E que vento... Ele balançava os cabelos da jovem, momentos
antes de o rapaz beijá-la... Mas você deve se perguntar o que o fez querer
beijá-la... Terá sido os seus cabelos? Ou o seu perfume espalhado pelo vento?
Que nada. Ela pensou na frase e ficou triste porque não poderia anotá-la. A
frase iria se perder. Esqueceu. Se perdeu. Um texto começou a se formar em sua cabeça e a mocinha
resolveu falar tudo o que lhe vinha à mente. Quem ouvia? A natureza e o moço. E
qual terá sido a frase? Aquela esquecida... Sim. A mesma do início. Ela já havia falado a
frase e continuou a dizer que a moça e o rapaz se olham e que nada dizem. É
exatamente nesta hora e por isso que ele a beija. A jovem fala dos dois, e de
um modo lindo. Sem aquelas chamadas “segundas intenções”. Não muito. O jovem
percebe que é com ele e aceita.
O resto você, leitor, já sabe...
Ela sou eu, criação minha. Nada ocorreu ainda, mas de
tanto querer e sonhar acabamos conquistando. Volto para o quarto que não é meu,
pois estou de visita, e vou continuar a cena, para ver se pelo menos continuo texto.
Faço um trajeto de tudo o que quero, para esse momento. Já sonhei com outros,
mas esse foi meu preferido e último, até o momento. E quem sabe realizo?! Sim,
ela sou eu.
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