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domingo, 11 de dezembro de 2011

Dois olhos verdes...

      Meu "enegriado" olhar lembra daqueles olhos verdes olhando para os meus... E como quem quer descobrir um segredo, ele fitava seu olhar em mim, na esperança de dar-lhe uma pista... mas eu disfarçava e de vez em quando não olhava, na tentativa de não revelar tudo o que é meu... E ele insistia, sem ser inconveniente, e o que passava em sua mente, eu não consigo saber. Se pudesse não diria, guardaria só comigo, ou então corria o perigo de vir um ladrão roubar. Olha como sou egoísta, se soubesse o que pensava, guardaria a descoberta, como fosse um tesouro que um dia foi descoberto, bem lá no fundo do mar.

      Mas ele dava pistas do que estava pensando, e de vez em quando falava um adjetivo ou verbo, na tentativa, por certo, de eu querer revelar... Ele me deixava à vontade, conversava e era gentil. Sua meiguice e suavidade, misturadas à maturidade eram coisas estupendas, como alguém que inventa um objeto raro, e eu com meu jeito meninil, num misto de beleza e doçura, percebia que em minha formosura, e além do mais a candura, vinham para completar... o ambiente tranquilo, e isso, leitor, eu digo, é algo incomum.

      Ele com seu sorriso doce e seu olhar curioso, eu com minha meiguice e meu olhar de moleque, faziam com que tal instante parecesse misturado, com algo corriqueiro, porém sem monotonia, a algo nunca antes ocorrido, e isso digo sem perigo ou medo de errar, pois nunca vi outra pessoa, tão parecida e tão diferente. Agora me pergunte se o coração entende! Pois mesmo com tal lembrança, o meu cérebro é teimoso. E fica fazendo jogo, para o coração doer... e o coração sofre, pois o cérebro não deixa, que o coração queira, mesmo que viva a doer... Quero controlar meu cérebro, mas o danado é mais esperto que eu, vive jogando pesado, e eu em minha doçura, não percebo as artimanhas que a massa cinzenta me faz, com seu jogo maquiavélico, faz meu coração ficar atrás...

      Ah! Que olhos verdes bonitos... Será que os verei novamente? E o que passa naquela mente, irei um dia saber? Apesar de seu dono me dar pistas, eu não tive a coragem de mostrar que percebia... Mas pensando bem, uma ou outra atitude vinda da minha pessoa, pode ter dito: "estou entendendo e também estou querendo". Saberei quando o tempo, em seu grande intento, passar em nossos rostos... tudo quanto aconteceu... Daí então veremos o que de fato ocorreu, pois estaremos lá na frente, só observando o passado, que em nosso "melhor estado" observaremos o ocorrido e o nosso apogeu... Estaremos unidos ou separados, mas em algum lugar estaremos. E enfim então diremos: "Isto nos aconteceu".

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