Como
ocorre com, pelo menos, boa parte dos seres vivos, certamente, quando eu já não
estiver aqui, aqueles que, realmente, me amaram chorarão por certo tempo... e
sentirão a minha falta, pelo resto de suas vidas. Com o tempo, a dor se
tornará uma lembrança amarga. Não passará, mas será menor. Até mesmo as labutas
(e outras dores) da vida, farão com que a cabeça e o coração se mantenham ocupados... E eu terei me tornado
mais uma memória triste para ser somada a tantas outras... De certo, ainda em
vida,terei trazido algumas boas histórias... Outras nem tão boas, assim. E por
tudo serei lembrada... Terei arrancado alguns sorrisos e algumas lágrimas...
Haverá
aqueles que, costumeiramente, santificam os mortos. E, por eles acredito que, serei santificada. Entretanto talvez eu seja “emputecida*” por alguns outros...
Mas já não me interessa. Não estarei mais aqui.
Há
ainda os milhões e milhões que não conheci e por eles não fui conhecida. Na
vida destes, as borboletas do Afeganistão terão mais influência que a minha
ausência. Acredito que alguém disse algo parecido: o importante é que eu terei
vindo, vivido (com tudo o que me foi de direito) e partido.
É
assim que é a vida. E sinto - e deixo de sentir - todas essas coisas ditas
acima, por todos que já foram (os que amei e por eles fui amada, os que acabei
santificando no pós vida e aqueles dos quais nunca ouvi falar)... Beijos para
as borboletas do Afeganistão...
* Transformada (ou nomeada) em puta.
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