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domingo, 22 de maio de 2016

Poem'artes

Violões tocam as visões,
Compõem, conversam...
E com os dias atravessam
O Continuum de canções...
Canções cantam audições,
Se impõem, hodiernam... 
Dia e noite atravessam
O contínuo de ilusões...
Ilusões, em si, não cantam,
Mas os que ouvem,
- Sim - se espantam... 
Se perdem da realidade,
E no campo ou na cidade
Guerreiros que só encantam,
Enfrentam raio e tempestade...
Tempestade ensurdece,
Quem lhe enfrenta, obedece.
Como quem manda, não pede,
Ela ordena fugir,
Melhor é, então, cair,
Num poço - o mais profundo -...
Fingir ser um defunto...
Até ela desistir...
Desistir não é coisa da poesia,
Mas está em meu poema,
Como palavra, não tema...
E me faço esboçar o dia,
Descascando este dilema...
Dilema mora em tantas artes,
Que, se tu olhas, te repartes...
Em letras de poemas e canções,
Tempestades, raios e trovões,
Se exprimem em tantas partes,
Assim nasce o Poemartes,
Para o Trio de Violões...

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