Para Francinaldo, por causa de seu aniversário

Esta já é a terceira tentativa
De um poema que te faço...
Espero conseguir de agora...
Pois meus dedos estão cansados...

As ideias vão indo embora...
E as rimas quase não vem...
Quero compor algo "da hora",
Ainda que não deva nada a ninguém...

És o meu melhor amigo...
Por Deus tu fostes me dado... 
Para me exortar quando preciso
Mas também para seres exortado...

Creio que a nossa amizade
Tem chance de ir à velhice...
Mas precisamos tomar cuidado
Para não agirmos com tolice.

Te peço perdão se alguma vez te magoei
Acredite, não tive má intenção...
Mas somente Deus te conhece... 
E sonda o teu coração...

Então, meu caro amigo,
Meu amigo camarada...
Quero te lançar umas linhas
Um pouco desentoadas...

Me lembro bem do dia 
No qual eu te conheci... 
Tu olhavas um "ponto cego"
E neste instante eu te vi...

Fiquei ensimesmada... 
Tu estavas me olhando
Na verdade, não estavas,
Mas segui acreditando...

Passaram-se os tempos
Depois eu te perguntei...
Você falou que não lembrava
Aí então eu sosseguei...

Sempre em minha desconfiança
Fiquei a te observar, pensando:
"Porque esse molecote não para de me olhar?"

Mas realmente não me olhavas,
Devias estar pensando em alguma disciplina
Afinal porque olharias para uma pálida menina?

Mas os dias e meses passaram...
Fomos nos aproximando...
Me contavas dos teus dias... 
E também nos apegamos... 

Ainda não passaram muitos anos, 
Mas já são suficientes
Para que eu compreenda
Mais um pouco de amizade... 
Amizade é sentir-se bem
Num lugar onde há sinceridade. 

O melhor amigo da gente é, também, um irmão...