Queria
poder escrever uma poesia e ler para ele... olhar em seus olhos e falar coisas
banais como “hoje está frio, não é?” ou como: “vou passar um café pra gente
tomar”. Mas não dá. Nada disso ocorrerá. É impossível. O que se faz com o
impalpável? Deixar que o tempo leve embora, e que com o tempo se torne uma vaga
memória? Memória que nunca existiu. Tudo é tão vão e estranho, ainda que eu
viva isso durante minha vida inteira. É uma pena que não esteja aqui. Só assim eu
poderia lhe falar.
Sinto
saudades do que não vi, de lembranças que não vivi. Imagino momentos e
situações que não ocorreram e nunca ocorrerão. Sinto apenas vontade de tê-lo
por perto. Queria tanto concretizar uma poesia, em um abraço apertado. Um dos
motivos, pelos quais, mais amo o meu nome é que foi ele quem escolheu... Amanhã,
13 de junho de 2013, ele faria 71 anos, se estivesse vivo. Antônio Farias, o
meu pai.
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